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Foto da capa: @velejarbrasil
Oi amados!!! Tudo bom?
Como vocês sabem, o Brazilians Travel nasceu do desejo de trocar experiências, dicas, e compartilhar o que há de mais legal no Brasil e no mundo com os nossos leitores!
Hoje vamos contar a segunda parte da história da Renata para continuar a série #históriasdebrasileiros, contaremos sobre a vida de pessoas incríveis que se aventuram e fazem a diferença!
Se vocês ainda não conhecem a brasileira que vive com o marido em um veleiro há 17 anos, clique aqui antes de ler a segunda parte!
No primeiro artigo contamos como a Renata conheceu o Steve, atual marido dela, e das primeiras aventuras a bordo do veleiro Dixi-Rollar. Hoje, vamos contar mais curiosidades, fatos interessantes e histórias da vida no mar!
Curiosidades sobre viver em um veleiro!
Alimentação a bordo
A comida durante uma travessia é baseada em muitos enlatados, alimentos desidratados e muitas besteirinhas como chocolate e balas. Por um tempo a Renata e o Steve ficaram sem geladeira no veleiro.
Além disso, eles pescavam somente os peixes pequenos. Me pareceu, e acredito que estou certa, que eles são mega cuidados com o meio ambiente! Exemplo a ser seguido por todos nós! Bora cuidar do planeta, ok?
Eles tem uma história engraçada (e ao mesmo tempo triste) sobre os peixinhos! Por um tempo, sempre que o Steve ia para a parte de fora do barco, 2 peixes o seguiam. Mas um dia com muitaaaa fome eles comeram um dos peixinhos!!!! Opssssss!
Essa parte não foi legal! Sorry Steve, rs! O peixinho era seu pet de estimação! 😀
Banho morando em um veleiro
Existe o banho “nutella”, em que você usa um aparelho chamado Boiler para esquentar a água e toma banho de chuveiro normal. Outra opção é ir para uma marina próxima e tomar o banho.
Mas, o banho “raiz”, como dizem, é aquele em que não tem o Boiler. Quando se está em uma travessia, é preciso economizar água doce, então se toma banho a com água salgada e no final usa-se uma garrafinha de 500 de água potável para tirar o excesso de sal do corpo.
Quando a água está gelada, coloca-se a água do mar no sol, em um balde ou em uma sacola própria para isso, para aquecê-la antes de jogar no corpo. Ou seja, usam aquecimento solar!
Segurança no Veleiro
Cuidados com o mar
Quando a Renata foi morar com o Steve no veleiro ela não sabia nadar. Outro ponto é que mesmo sabendo nadar, dependendo da época, se cair na água você congelará rapidamente.
Ela me contou uma história muito triste de um casal de amigos deles que saíram com o veleiro da África do Sul em direção a Austrália.
Esse casal dividia entre eles o tempo de navegação, a cada 2-3 horas ou mais tempo, eles se revezavam, enquanto um cuidava da navegação o outro ia descansar.
No segundo dia de viagem o marido acordou pela manhã e não viu a esposa. Eles realmente estavam em uma região que ventava muito e as ondas eram gigantes, infelizmente ela deve ter caído.
Com certeza estava sem o equipamento de segurança, uma espécie de cinto que você deve usar para andar no barco todo.
Ele entrou em contato com as autoridades, foram helicópteros e barcos para tentar achar ela. Com vida seria muito difícil, por causa da hipotermia, a água gelada não permitiria que a mesma sobrevivesse por muito tempo. Parece filme. Muito triste 🙁
Ataques de ladrões a veleiros
A Renata me contou que eles nunca tiveram problemas, mas perto de onde vivem (entre a Venezuela e Trinidad e Tobago) existem casos assaltos a barcos e veleiros.
Um caso bem triste aconteceu com uma conhecida deles que estava em um barco ancorado em uma baía, junto de outro amigo. Estavam jantando quando viram algo se mexendo do lado de fora.
Ela levantou e foi ver quem era. Nisso, o bandido acertou a cabeça dela com algum objeto, atingiu somente um lado do rosto dela, cortando a face e o ombro.
Infelizmente a moça acabou com uma fratura de mandíbula ou maxila, e o bandido ainda deu uma facada no namorado dela.
Os bandidos eram 2 jovens de 15 e 17 anos em um bote pequeno. Foi mega complicado pois onde estavam não tinha hospital. Conseguiram ajuda somente com a guarda costeira e foram transferidos para Grenada, onde eles receberam tratamento médico.
Ele venceu a regata hoje conhecida como Volvo Ocean Race em 89/90.
Peter reagiu a um assalto no rio Amazonas. Nesse triste episódio, ele foi morto e amigos ficaram feridos. O bandido somente foi preso no ano passado, por acaso, em uma revista de rotina.
O Peter era defensor da preservação das riquezas minerais do planeta, e estava em uma excursão pelo planeta em busca de paraisos ecológicos. Ele havia sido escolhido para comandar o navio Calypso da Fundação Jacques Costeau, dando continuidade ao trabalho do explorador francês que morreu em 2005.
Cuidados com a Segurança do Veleiro
Eu sou mega medrosa e não gosto de casas para não ter a sensação de alguém espiando pelas janelas, então foi sobre isso que conversei com a Renata!
Perguntei se eles não tinham uma sensação de insegurança quando estão ancorados em algum porto, e ela relatou que sim, que dá um pouquinho de medo quando estão em algum porto diferente e precisam deixar o veleiro sozinho, como para ir resolver a parte legal- imigração e alfândega.
Para sair do veleiro até a terra, eles se locomovem com um bote.
Quando ela chega no Brasil, onde conhece as pessoas no lugar que ancoram o veleiro, fica mais fácil. Porém ela me disse que atualmente ficaria em uma marina, onde tem mais segurança.
Qual a situação mais perigosa que eles já viveram no veleiro durante uma travessia?
Em 2004, na travessia do Brasil para África do Sul, em uma noite muita chuvosa, Steve (que ficava acordado durante a noite) acordou a Renata e pediu ajuda para baixar as velas porque estava chegando uma tempestade.
Renata me contou que perguntou se dava tempo de pegar os óculos (ela tem miopia), e se vestir, já que ela estava somente de calcinha.
O Steve falou que não, não dava tempo. Então ela, sem se agasalhar nem nada, subiu para o cockpit do veleiro (lugar onde as pessoas ficam na popa do barco) onde tem um “volante” chamado de manche, que é como se fosse um bastão comprido.
Steve queria que ela virasse o barco na direção do vento, porque ele queria baixar as velas, só que tinha um vento muitooooo forte.
Ela baixou a cabeça para se proteger do vento e das ondas altíssimas, puxando com força o manche . Steve gritava a palavra em inglês “Push, push” (empurrar) mas ela na época confundiu a palavra com puxar e fez o contrário do que o marido pediu!
Foram 10 minutos terríveis, pareciam horas, pois Steve estava na popa, sem segurança nenhuma, enfrentando a tempestade sozinho.
Quando chegava a onda – uma maior que a outra – ele se abaixava e se segurava. A Renata ficou apavorada achando que ele fosse cair!
Nessa hora ela rezou muito, fazendo uma força enorme para empurrar o tal “volante”. Se ela soltasse, o barco iria para o outro lado e poderia virar deixando os dois embaixo da água.
Quando o susto acabou e eles conseguiram resolver e se acalmaram ele, muito engraçado e brincalhão, falou que enquanto ela estava lutando para segurar o tal “volante”, deu tempo dele olhar para a esposa gostosa que estava quase pelada pois não deu tempo de se vestir! Isso é parceria em todos os momentos!!!!
Amei!
Privacidade – Outra história que a Renata já viveu
Essa é engraçada!
A Renata adorava tomar banho de sol nua, e um dia ela estava sozinha tomando sol, o marido tinha ido dormir pois havia passado a noite acordado navegando.
De repente, passa um avião militar pequeno e começa a sobrevoar baixinho. Ela levou algum tempo para se tocar que estava pelada! Imagina a felicidade dos militares em ver uma linda mulher pelada no meio do oceano!! 😀 😀
Vocês conhecem algum brasileiro que more fora e que queira compartilhar sua história com a gente?
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No próximo artigo da série #brasileirospelomundo irei contar para vocês a história de um brasileiro, piloto, que por conta da sua profissão já esteve em diversos lugares do mundo!! Outra vida emocionante não é mesmo?
Até a próxima viagem!!! Beijos da So! :-*