Oi amados, tudo bem? Hoje vim continuar minha conversa com a nossa amiga Isabela, que conhece 16 países, está prestes a conhecer o 17º, e é expert em viagens! Hoje, ela vai contar para nós como foi a experiência viajando sozinha e também vai dar dicas sobre o que leva na mala!
No primeiro artigo, a Isabela contou sobre sua experiência trabalhando na Disney e também sobre como guarda dinheiro para suas viagens! Se ainda não leu, corre lá pois nosso papo está supeeeer legal!
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A Isabela adora fazer todos os tipos de viagens, desde a mais econômica até a mais luxuosa. Ama viajar sozinha, mas também curte muito viajar com família e amigos. Ela é formada em Tradutor & Intérprete e também em Letras com habilitação em inglês.
Caso vocês queiram fazer aulas on-line de inglês com ela, super recomendo pois é uma profissional mega capacitada e super didática!
Outro serviço que ela faz super bem são roteiros personalizados para a Disney. Como eu nunca fui, ela me explicou que se você não se programar poderá passar horas em filas, sendo que com a ajuda de um guia tudo ficará mais tranquilo. Então, se vocês estiverem pensando em conhecer alguma Disney, faça um orçamento sem compromisso de um roteiro redondinho para você e sua família!
Vou deixar aqui as redes sociais e e-mail da Isabela caso vocês queiram entrar em contato! Já adianto que ela conhece quase todos os parques da Disney do mundo e já trabalhou em Orlando! Maravilha, né?? No Instagram, ela faz vídeos com dicas de viagens!
Email: isabelabizetti@gmail.com
Instagram: @isabelabizetti
Como surgiu a vontade de viajar sozinha
Antes de começarmos nossa conversa com ela, vamos explicar o motivo dela ter iniciado suas viagens sozinha!
A Isabela namorou por nove anos um rapaz, tinham muitos planos para casar e viverem felizes para sempre, mas como nem sempre ou muitas vezes, os contos de fadas não acabam com finais felizes. O cara conheceu outra pessoa e terminou o relacionamento deles. Claro que foi um choque inicial, mas ela é tão positiva que não demorou muito e tomou a decisão de pegar a grana que havia guardado e ir para a Shangai, Hong Kong e Taipei para conhecer os parques da Disney dessas cidades. Claro que, segundo ela, no início estava preocupada, mas foi fantástico em tudo! Mesmo os pequenos problemas serviram para ela ficar forte e sentir que “se bastava ”, que conseguia se virar sozinha em qualquer lugar do mundo.
Em 2019 ela escreveu essa história na sua rede social e o post teve mais de 3 mil curtidas e milhares de comentários também. Se ela conta sua história é para que pessoas que estiverem passando pela mesma situação (quem nunca, né??) entendam que muitas vezes algo que a princípio nos deixa muito triste é uma benção, um milagre, um livramento ou seja qual palavra queiram usar quando “levamos um pé na bunda”!
A vida da Isabela deu uma guinada tão grande, já viajou tanto, cresceu e aprendeu tanto que com certeza ela será eternamente grata ao ex por ter decidido se afastar dela.
Se você estiver passando por isso, lembre- se que nada é por acaso! Acredito que num primeiro momento seja desesperador, mas num futuro bemmmm próximo você entenderá que foi para ser feliz e encontrar pessoa melhor, ou que pelo menos combine mais com você!
Experiência própria, já chorei por pés na bunda que dei e levei e hoje vejo o quanto foi maravilhoso isso ter acontecido. Se hoje tenho a vida que tenho, é porque lá atrás as relações que eu vivia, e que naquela época eu achava que eram boas, não deram certo!
Bora ler nossa conversa com ela?
Viajando Sozinha: a experiência da Isabela
BT: Você recomenda viajar sozinha?
Isabela: Sim, recomendo! Tive experiências muito positivas. É um tempo seu, uma viagem totalmente diferente. Você estará por sua conta… Se tiver problemas você terá que resolver, correr atrás e não esperar que outra pessoa resolva. Acho que para mim foi muito bom pois precisava dessa afirmação, de que sou capaz de fazer coisas grandes sozinha, apesar de ter sido um desafio por ser uma pessoa introvertida. Tive que superar isso, precisei me virar.
O que tornou mais fácil para mim foi que eu não tenho a necessidade de estar rodeada por pessoas o tempo todo, consigo ficar bem mesmo estando quieta e sozinha. Acredito que viajar sozinho seria mais complicado para quem é extrovertido e necessita estar com pessoas à sua volta, com interações sociais o tempo todo. Mas, obviamente você acaba conhecendo pessoas pelo caminho, principalmente se fica em hostels, e consegue companhia para passear caso queira. Muitas pessoas que viajam sozinha listam isso como sendo uma das grandes vantagens.
Além me aventurar sozinha, me desafiei a sair da zona de conforto (de viajar apenas para Estados Unidos e Europa) e fui para a Ásia. Não falo mandarim nem cantonês, então tive que me virar com o Inglês, embora que em alguns dos lugares que fui essa seja a segunda língua. O Google tradutor foi necessário em apenas duas conversas, mas só conseguia comer em restaurantes com o cardápio em inglês, pois apesar de ter fotos dos pratos na maioria deles, eu não queria comer algo que não soubesse exatamente o que era.
Acredito que viajar sozinha significa um tempo para organizar seus pensamentos e curtir sua própria companhia. Você acaba voltando de uma viagem dessas gostando mais de você mesma, sentindo-se mais confortável quando precisa estar só por algum motivo e sendo mais independente. Quebra paradigmas… Algumas pessoas não conseguem nem comer sozinhas em um restaurante na própria cidade, então viajar dessa forma te desafia a fazer isso e muito mais. Voltei de lá outra pessoa!
Por outro lado, precisa-se ter cuidado. Infelizmente, por sermos mulheres, existem países em que não é tão seguro viajar sozinha. Quando fui planejar a viagem e escolher os destinos, procurei por países considerados mais seguros. Como fiquei em hostels, precisei ter mais cuidado ainda, pois acabei dividindo quarto com desconhecidos em todas as cidades. Você também acaba ficando mais ligada em tudo.
Falo para quem conheço que todo mundo deveria fazer pelo menos uma viagem sozinha na vida. Pode ser uma viagem curta, pode ser uma viagem no próprio país, mas precisa ter esse momento com você mesmo.
Outro ponto positivo é a flexibilidade de você poder fazer o que quiser e quando quiser. Quando viajamos num grupo grande, tudo tem que ser negociado e precisa-se chegar num consenso. Sozinha, você monta o seu roteiro, faz as coisas no seu tempo, podendo sempre mudar os planos. Quando viajo com outras pessoas às vezes acho frustrante ter que seguir o roteiro com coisa que todos os outros queiram fazer e eu não, principalmente se tem algo que eu gostaria de fazer lá, mas não terei tempo ou as outras pessoas não queiram ir. Não sei quando terei outra oportunidade de voltar para aquele lugar, então viajando sozinha pelo menos eu tenho a certeza de que vou aproveitar do jeito que eu gostaria. Apesar de todas as vantagens e achar que todos deveriam fazer pelo menos uma vez na vida, não aconselho viajar sozinho quem não lida muito bem com a solidão, que precisa estar cercado de pessoas o tempo todo e não está preparado para sair da zona de conforto nesse sentido.
BT: Você estuda antes local que vai visitar?
Isabela: Sim! Eu estudo a culinária local, escolho os pratos típicos que quero provar e vejo os pontos turísticos recomendados, para chegar no destino já tendo pelo menos uma ideia do que quero ver. Porém, também não faço roteiros rígidos, que eu não possa ir mudando se me apaixonar por algo no meio do caminho.
BT: Já sentiu preconceito por ser brasileira ou mulher?
Isabela: Já senti preconceito quando trabalhei na Disney a primeira vez. Alguns americanos que trabalhavam conosco convidavam todos que trabalham lá para sair, menos o grupo de brasileiros, além de fazer comentários maldosos e até mesmo xenofóbicos. Apesar de estarmos no mesmo nível hierárquico na empresa, quando trabalhávamos juntos eles sempre nos deixavam com as piores tarefas. Tivemos até mesmo que falar um dos gerentes, que chamou todos para tratar disso numa reunião. Depois disso a situação melhorou. Por outro lado, também tive meu inglês elogiado por americanos, pelo fato de falar bem a língua deles, e eles não conseguirem falar a minha, então achei isso bem legal.
Pelo fato de falar inglês fluente não passei por tantos problemas quando viajei sozinha, pois conseguia me comunicar muito bem.
Por ser mulher, sofri um pouco de assédio em Hong Kong. Foi o único país asiático que visitei em que isso aconteceu. Não foi assédio físico, mas de eu estar andando e eles começarem a caminhar junto, tentando conversar, pedindo redes sociais, pessoas tirando fotos no metrô… Eu estava indo para a Disney em Shanghai e um cara descaradamente ficou tirando fotos minhas dentro do metrô, tanto que tive que mudar de vagão! Os que tentavam pegar meu nome e redes sociais na rua, no momento em que eu pedia para parar, eles obedeciam.
Também em Hong Kong tive o caso de um menino, que eu ajudei a descer com a bagagem na escada do hostel e que estava indo para o aeroporto, que começou a me seguir no metrô mesmo que eu estivesse indo na direção oposta ao destino dele. Depois disso comecei a ser mais chata, e às vezes até mal educada, ao ser abordada por caras na rua porque não tinha mais paciência e não queria ser gentil, como fui com aquele menino, para depois acabar sendo perseguida novamente. Nos pontos turísticos pessoas aleatórias pediam para tirar fotos comigo, até mesmo meninas. Eu considerei assédio da parte dos homens e toda a questão das fotos, mas depois conversando com outros viajantes me explicaram que por eu ser ocidental e por ter traços e um tipo físico diferente da maioria das pessoas lá, acabo chamando a atenção. Estrangeiros no geral ficam curiosos quando falamos que somos do Brasil e isso foi muito gritante na Ásia.
BT: Descreva sua mala de viagem? Você leva muita coisa ou já leva somente o necessário?
Isabela: Depende da viagem! Quando faço uma viagem internacional, que geralmente são mais longas, acabo levando mais coisas, principalmente se vou para o inverno, onde precisarei de roupas mais grossas. Se vou para lugar quente, consigo levar menos coisas.
Tento otimizar minhas roupas. Aprendi com uma amiga que tem um blog de moda que você precisa levar três peças de cima que combinem com uma peça de baixo. Por exemplo: uma calça ou shorts que “conversem” com três camisetas ou blusinhas. Essa é uma forma de otimizar suas roupas. Calçados, gosto de confortáveis para poder andar bastante.
Além disso, levo coisas que sei que preciso, por exemplo: remédios para bronquite (que geralmente ataca quando durmo fora de casa) e remédios para unhas encravadas (que é um problema que tenho de andar muito com sapato fechado). São remédios para resolver problemas de saúde que já tenho e podem surgir lá. Para não precisar acionar o seguro com problemas pré-existentes, já me preparo. Levo sempre um sabonete e um vidro pequeno de shampoo e condicionador. Sou precavida!
Não levo muita coisa desnecessária, mas gosto de ter minhas coisas tanto de saúde quanto de beleza. Eu gosto de usar meu próprio shampoo, pois geralmente shampoo de hotel deixa meu cabelo com um aspecto ruim e acaba ficando horrível nas fotos! Sem contar que se ficamos em um hostel, muito provavelmente nem shampoo ele vai oferecer, então é sempre bom levar.
Sempre carrego um moletom e casaquinho pois tenho muito frio no avião. Quando vou ficar em hostel sempre levo também minha própria toalha de banho, pois em alguns precisa-se pagar uma taxa extra para usar a toalha.
Em viagens curtas dentro da Europa, por exemplo, uso somente uma mochila ou mala pequena que vai dentro do avião, pois as cias aéreas cobram por tudo! Então são estilos diferentes de viagem.
Sempre levo um Power Bank bom para carregar o celular. Hoje em dia usamos para tudo: localização, fotos, conversar com família e amigos… Precisa ter no mínimo 2-3 cargas extras para o celular!
Quando fui para Nova Orleans para um final de semana, por exemplo, viajei com pouquíssima coisa e deu certinho. Levei uma mochila com um shorts e três camisetas, um chinelo, pijama e itens de higiene pessoal. Somente acho indispensável minha bolsinha de remédios. Para viagens internacionais e mais longas ela é um pouco maior, e para viagens curta eu carrego um pouco menos de remédio, mas sempre o básico: dor de cabeça, dor no corpo, dor de estômago (amo provar comidas diferentes!), antialérgico (tenho alergia a alguns animais) e a bombinha para bronquite.
BT: Você já teve algum problema por viajar com remédios? Comprar remédio em outro país realmente não é tarefa fácil…Além de terem países que somente vendem com receita médica local.
Isabela: Nunca tive! Levo meus remédios, mas também não me automedico. Quando preciso, entro em contato com meus médicos (que sempre deixo avisados que estarei viajando). O que levo tenho receita e, se tiver algo mais sério, aciono o seguro. Sobre antibióticos, meu médico explicou que se chegar no ponto em que tiver febre ou precisar deles, devo consultar um médico no local para ser examinada e ver qual é o problema. Então não é aconselhável levar antibióticos e sempre fazer o seguro viagem para emergências, isso é uma regra geral para todos.
E ai, o que vocês acharam?
E aí, o que acharam?
Achei a visão da Isabela muitooo interessante! Realmente, viajar sozinha pode ser uma excelente oportunidade para se conhecer melhor e curtir sua própria cia, não é mesmo?
E também nos faz refletir sobre relações que estamos vivendo.
Bora ser feliz e sair de relações ruins, tóxicas que não nos fazem crescer?
Bora “viajar” mesmo que seja nos nossos pensamentos e dentro até mesmo da nossa cidade? Vivenciando coisas novas todos os dias? Curtir nossa própria companhia sem colocar a nossa felicidade como responsabilidade de outra pessoa!
E vocês? Já fizeram alguma viagem sozinhos? Querem fazer? Tem alguma história ou dica para compartilhar com a gente? Não deixem de contar nos comentários!
Beijos da So! Vejo vocês na nossa próxima viagem!