Hoje vamos conhecer a Deborah, uma brasileira que já morou na Noruega e agora vive na Malásia!
Conheço ela pessoalmente pois meu marido é norueguês e, através de amigas em comum, fomos apresentadas. Ela é linda, carismática, super amiga de quem a rodeia, e mega viajada, por isso o convite para contar a história dela!
Como vocês sabem, o Brazilians Travel nasceu do desejo de trocar experiências, dicas e compartilhar o que há de mais legal no Brasil e mundo com os nossos leitores!
Por isso, vamos continuar nossa série por aqui! A #historiasdebrasileiros onde contamos sobre a vida de pessoas incríveis que se aventuram e fazem a diferença!
A história da Deborah – Como ela foi morar na Noruega e na Malásia!
A Deborah nasceu em Curitiba e morou em Oslo, na Noruega, por 5 anos e meio. Atualmente ela está na Malásia, cuja capital é Kuala Lumpur.
Formada em administração, a Deborah sonhava em ser jornalista, mas a vida acabou levando ela para outros rumos! A Deborah tem especialização em logística e trabalhou algum tempo nessa área, foi quando seu cargo fechou com o plano dela de mudar para outro país.
Ela conheceu seu marido em Curitiba e quando começaram a namorar ele, que é norueguês, já estava voltado para Oslo. Decidiram conhecer a Noruega e ele bemmmm espertinho mostrou o país lindo, maravilhoso no verão, para não assustar a Deborah de cara com o frio! Hehehe
Mudaram para lá e combinaram um “teste” de 6 meses -1 ano, para saber se a história deles daria certo. Felizmente, deu!
A seguir, algumas perguntas que fiz para a Deborah durante nossa conversa, para entendermos como foi a mudança dela para a Noruega e, posteriormente, para a Malásia!
BT: Como foi a sua adaptação na Noruega?
Minha adaptação foi super tranquila, primeiro por que eu já falava inglês, o que facilita muito, e também por conta da minha área de atuação profissional e experiência prévia. Na época, a Noruega estava num super crescimento de economia por causa dos ótimos preços do petróleo. Então, no terceiro mês eu já estava trabalhando
Cheguei na Noruega super empolgada e já comecei a estudar o idioma local.
Queria muito trabalhar, ter a rotina que eu tinha no Brasil, que era de trabalhar muito.
Já era meu sonho morar fora, então abracei a oportunidade de coração aberto, aprendi até a esquiar , pois eu realmente queria muito me envolver na cultura da Noruega! Estava tão animada com a nova experiência que mudei com a mente totalmente aberta!
Fiz meu próprio network, fiz contato com pessoas do mundo todo e achei isso fantástico. Conheci muitos brasileiros e entendi que quando moramos em outro país, as amizades verdadeiras que criamos com essas pessoas são as mais importantes, pois eles se tornam nossa família!
Vivi uma lua de mel com a Noruega por uns dois anos, mas depois acabou! hehe
Com a crise do petróleo, no terceiro ano houve muito desemprego na Noruega e eu acabei perdendo meu trabalho. Fiquei desmotivada e sem chão!
Mas, como sempre falamos, há males que vem para o bem, né? Foi nessa época que encontrei a maior paixão da minha vida, minha vocação, meu hobby, que pretendo um dia tornar meu trabalho em tempo integral, que é trabalhar com moda.
Quando perdi meu trabalho, fui estudar norueguês novamente e, ao mesmo tempo, fui fazendo curso online de cursos online sobre moda e marketing… Coisas que eu gosto e me animam.
Nesse tempo, uma amiga me aconselhou a começar a trabalhar como personal shopping. Eu nunca tinha estudado assunto, fazia por intuição, por gostar de me arrumar.
Comecei a dar consultoria para essa amiga mesmo e, pela intuição, fui ajudando-a. Depois, por indicação dela, fui tendo mais clientes. Gostei, fui me profissionalizando e continuei estudando o assunto.
Por um ano e meio fiz isso e adorei! Aí surgiu a oportunidade de trabalhar numa grande empresa, com vendas. Abracei a ideia, pois também entendi que não basta ser boa no que você faz, ter talento, você precisa se vender, aprender sobre marketing e esse trabalho está me proporcionando isso.
Portanto, continuo com meu trabalho paralelo na moda, ficando com o meu instagram atualizado e sempre aprendendo cada vez mais. No futuro, planejo ter a minha própria empresa!
BT: Sei que você teve o casamento dos sonhos! Pode contar pra gente como foi?
Casamos 2 anos depois de já estarmos na Noruega. Voltamos ao Brasil e a festa foi em Curitiba, em um lugar lindo chamado Castelo do Batel. Foi lindo! A família dele e alguns amigos noruegueses conseguiram ir, então foi maravilhoso!
BT: E sobre a mudança da Noruega para a Malásia, como foi?
Mudamos por conta do trabalho do meu marido. Ele recebeu uma proposta para ser expatriado na Malásia, na capital Kuala Lumpur. Eu continuo trabalhando na mesma empresa, remotamente. Antes eu era uma ponte entre o marketing e o vendedor, agora consegui convencer meu chefe que poderia usar parte do meu tempo em campo, com clientes do mundo todo e também visitando potenciais mercados.
Estamos tentando expandir nosso negócios no sudeste da Ásia com minha presença aqui na Malásia.
BT: E como está sendo sua adaptação na Malásia?
Nos mudamos há 6 meses. Estamos amando pois apesar de não ter sido ruim, o clima frio da Noruega foi complicado. O frio e escuridão castigam demais. Aqui faz bastante calor.
Eu também sentia falta de morar numa cidade grande, porque Oslo é muito pequena, tem somente 600 mil habitantes. Eu queria morar numa cidade onde tivéssemos mais opções de cultura, lazer, entretenimento, restaurantes, e a Malásia está nos proporcionando isso.
Sempre tive vontade de conhecer mais a Ásia, e agora, morando tão pertinho de países maravilhosos, quero aproveitar muito! São países com uma cultura muito diferente da nossa e ao mesmo tempo muito rica.
BT: O “saldo” de morar na Noruega antes de ir para a Malásia foi positivo ou negativo?
Claro que o saldo foi positivo! A oportunidade de morar num país que respeita valores e pessoas, como é na Noruega, e que tem orgulho da própria cultura, me ensinou muito. Admiro muito os valores escandinavos em geral.
5. Quais as principais diferenças entre morar na Noruega e na Malásia?
Aqui na capital da Malásia, a vantagem, como citei acima, é ter mais opções de cultura e lazer. Entretanto, por outro lado, temos os problemas típicos de cidades grandes, como o trânsito infernal!
Ainda falando sobre transporte, em Oslo o transporte público funciona maravilhosamente bem, diferente daqui.
Meu marido trabalha longe de onde moramos e ele já chegou a levar 3 horas para voltar para casa, sendo que é um trajeto, em condições normais, deveria durar 1 hora e meia. Esse é o principal ponto negativo. Não estamos mais acostumados com perder tempo no trânsito, pois tudo era pertinho em Oslo.
Mas, outro ponto muito interessante da Malásia é a diversidade de culturas. A população é composta de muçulmanos, chineses e indianos, além de muitos expatriados do mundo todo. Isso é fascinante, uma riqueza cultural para o país, ver a tolerância que existem entre essas religiões e culturas.
Você vê uma mesquita de um lado, um templo hindu do outro, perto tem um templo chinês ou uma igreja cristã, e todo mundo vivendo em paz. Na Noruega também existe tolerância, mas a Malásia é formada por diferentes países basicamente, uma mistura, enquanto na Noruega basicamente são escandinavos, então não tem tanta troca cultural.
BT: O custo de vida na Noruega é um dos maiores do mundo. Como é o custo de vida de na Capital da Malásia?
Essa é uma das maiores diferenças, na Noruega tudo é extremamente caro. Nossa vida é totalmente diferente aqui, principalmente porque somos expatriados, então temos acesso a muita coisa que a maioria da população, infelizmente, não tem.
A Malásia tem um custo de vida baixo. Muito mais barato de morar, fazer compras, e ir a restaurantes e bares.
BT: Deborah, como é seu trabalho ai na Malásia? Qual sua função atual?
A matriz da minha empresa é na Noruega, em Oslo. Fazem dois anos que trabalho na área de vendas e marketing de uma empresa que produz suplementação humana de ômega 3 a base de krill.
O processo da empresa é muito interessante pois aproveitamos óleos, riquíssimos em ômega 3, e outros produtos ricos em nutrientes e proteínas para fabricar ração para animais domésticos. Também temos um excelente mercado, que é o da aquicultura, vendemos ração para peixes.
No meu cargo atual, supervisiono a conexão do marketing e das vendas. Busco personalizar nosso material de marketing, facilitando a rapidez da venda para nosso consumidor.
BT: Quais os Pontos Turísticos imperdíveis na capital da Malásia?
As Torres Gêmeas Petronas, da capital Kuala Lumpur, foram os edifícios mais altos até 2014. São o cartão postal da cidade.
Para comer, recomendo conhecer uma rua chamada Jalan Alor, que tem muitas opções de street food. Já para quem quer conhecer bares e restaurantes, Changkat é uma rua maravilhosa.
Além disso, não podem deixar de conhecer os Templos Hindus, chineses e as mesquitas.
BT: Quando estiverem na Malásia, quais cuidados que os turistas devem ter ao visitar Kuala Lumpur?
Apesar de ser uma cidade grande, a criminalidade não é alta em Kuala Lumpur, então eu ando tranquila pelas ruas. Entretanto, precisamos ter cuidado com as roupas.
Usar sempre roupas que não mostrem muito a pele, curtas ou decotadas. Eles não estão acostumados com vestidos curtos por exemplo.
O contrato do meu marido aqui é provisório, serão dois anos. Então optamos por trazer somente algumas malas, a maioria das minhas roupas ficaram na Noruega. Não sinto falta delas pois aqui é muito quente, bem diferente de Oslo, onde sempre tínhamos que estar mega agasalhados.
Quanto às roupas, em Kuala Lumpur é sempre muito quente, então, numa viagem para cá, um ou dois casaquinhos leves serão suficientes.
BT: Você já sentiu algum tipo de preconceito aí na Malásia?
Nunca senti preconceito, ao contrário! Aqui existe muito o status social, temos um poder aquisitivo muito diferente da maioria da população, somos vistos de forma diferente. Existe uma diferenciação no tratamento, as portas são abertas onde vamos, somos chamados de sr ou sra., algo que eu já não estava mais acostumada, pois na Noruega, por ser uma sociedade mais igualitária, não existe esse tratamento.
No Brasil já estava acostumada a não ser chamada de sra. e, se eu tiver que optar por uma forma de tratamento, prefiro como na Noruega, onde não existe essa diferenciação.
Nós brasileiros somos muito amados aqui! Claro que nos associam ao futebol, samba, carnaval, praias… São as imagens pelas quais somos lembrados…Um povo alegre, festeiro, receptivo e sempre, sempre, abrem o maior sorriso quando falo que sou brasileira! Adoro e tenho muito orgulho da minha nacionalidade!
BT: Qual o melhor local para ficar hospedado em Kuala Lumpur?
Como turista, deve-se tentar ficar hospedado no centro, ao redor da torres gêmeas, as Petronas Twin Towers.
BT: Qual meio de transporte você recomenda um turista usar aí na Malásia?
Recomendo usar o nosso “Uber” daqui. O aplicativo uber não funciona pela Ásia, mas temos similares como o Grab, que funciona igualmente bem e é melhor que os táxis. Pelo Grab você consegue viagens super baratas e com carros ótimos.
BT: Deborah, para quem vai conhecer a Malásia, quantos dias ficar você recomenda ficar em Kuala Lumpur?
Uns três ou quatro dias são o suficiente. Se tiver uma semana, recomendo pegar um voo para o norte e ir conhecer a ilhas Perhentian (mais bonita na minha opinião) e a Langkawi (a mais famosa).
E aí, o que acharam dessa viagem pela Noruega e pela Malásia?
Como vocês podem perceber pela entrevista, a Deborah é uma pessoa mega gentil e inteligente! Além disso, ela também viajou muito ao redor do globo. Por isso, em breve, teremos mais um artigo no BT com a participação dela, contando das melhores viagens que já fez pelo mundo!
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Beijos da So! Vejo vocês na nossa próxima viagem
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best regards 🙂